segunda-feira, 4 de junho de 2007

Cala-te


Cala-te!
Já não suporto ouvir a tua voz a dizer todas aquelas coisas que eu sei que são mentira.
Tu pensas apenas em ti e não te importas que possas ferir alguém, as ilusões que tentas criar apenas para ti são criadas agora.
Cala-te!
Desaparece da minha vista por uns tempos, desaparece até eu conseguir dizer que te perdoo tudo o que tens feito.
Não, não fales mais. Não percebeste ainda por minhas palavras que as coisas agora são diferentes, eu não acredito quando falas, quando dizes todas aquelas coisas que eu gostava que fossem verdade, mas não são.
Deixa-me, deixa-me ficar sozinha. Quero ouvir por entre o silêncio o grito da minha revolta, deixa-me ficar em silencio longe de tuas mentiras.
Cala-te!
Pára de olhar para mim como se eu é que te tivesse a ferir, o caminho foste tu que escolheste, quando eu te disse o que sentia tu preferiste a mentira pois então aqui a tens, a mentira que criaste é a própria mentira em que agora vives...

2 comentários:

feelings disse...

Depois de algum tempo

"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam... E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida.

Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas
os teus actos ou eles te controlarão e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados.

Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas.

Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado.

Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga "flores". E aprendes que realmente podes suportar mais ... que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dádivas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."

William Shakespeare

feelings disse...

Tudo esta longe de ser o que já fui
De sentir o que já senti
De crer em tudo o que já acreditei
Tudo poderia ser um gesto de morte
Ou a tua maneira subtil de me amar
Tudo poderia ser os restos de sentimentos
Ou simplesmente a incompreensão dos meus pecados
Conta-me a história que eu não conheço
Conta-me tudo o que eu não ouvi
Fala-me de tudo
Mas menos dos dias negros que vivi
Aqueles medos que tu sonhaste
Aqueles passos que não dei
Mas conta-me por onde andaste
O que descobriste
O que procuraste
Conta-me tudo...
Mas tudo o que encontraste.
Dizem que viste monstros
É verdade?
Conta-me tudo como sendo eu um deles
Revela-me o que neles me viste
Diz-me tudo
Apaga o teu sofrimento das memórias

Diz-me tudo como se tivesse sido eu o culpado
Sente tudo de novo como se não houvesse amanha
Sintetiza os teus pecados e diz-me o mal que te fiz
Anda mata-me
Explora em ti a raiva sobre mim
Dá-me o teu melhor
Não te apagues, mata-me
Mata o monstro por que me tornaste
Mata-me para que possa deixar de sentir a dor que sinto
Será tudo engano?
Conta-me a história da qual sou protagonista
Diz-me o desenlace
Cria agora tu o fim para eu possa mergulhar no meu sangue
Dá-me a dignidade de ser morto por ti…